Após tentativa de estupro dentro de campus, UEPG diz que vai construir rua em área onde caso aconteceu

A mulher de 37 anos foi atacada quando voltava para casa em um caminho não sinalizado, comumente usado por pedestres, nas proximidades do Bloco G, de Educação Física. Relembre detalhes abaixo.

A via será pavimentada e mais 250 câmeras de monitoramento serão instaladas na universidade, segundo a UEPG.

A universidade também afirmou que novos pontos de iluminação serão criados nas próximas semanas e mais vigilantes devem ser contratados.

O g1 questionou a assessoria da UEPG quando as câmeras devem ser instaladas, quando a pavimentação deve ser realizada e quantos novos vigilantes serão contratados e aguarda retorno.

Em coletiva de imprensa realizada no dia seguinte ao crime, o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre Dias Lopes, também afirmou que vai intensificar o policiamento dentro do campus.

Nova rua pavimentada

O caminho usado por pedestres, onde aconteceu a tentativa de estupro na UEPG, será pavimentado, segundo a universidade.

A obra abrangerá uma área de 4,5 mil m² e será executada no trecho que inicia no bloco G, próximo ao laboratório de reabilitação, passando pela parte de trás do Centro de Treinamento do Operário, até a rua Irene Scheidt Venske, do Jardim Paraíso.

“Nós temos ações que estão sendo feitas, como a contratação de mais vigilantes, e a principal medida é abrir uma via na região do Bloco G, para que os nossos táticos façam a ronda e para que a própria PM circule”, explica o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto.

Campus tem mais de 1 milhão de metros quadrados

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) — Foto: UEPG/Divulgação

De acordo com dados oficiais da UEPG, o campus de Uvaranas possui mais de 1,1 milhão de metros quadrados. O tamanho equivale a 162 campos de futebol.

A instituição afirma que trabalha com 41 vigilantes efetivos, mais 36 vigilantes terceirizados.

“Em Uvaranas, há 13 postos de vigilância 24 horas, com um encarregado por turno com veículo tático. Na região da ocorrência há sete câmeras de segurança (uma no Bloco G; quatro nos prédios do Litec e Cetep; e duas no Observatório Astronômico)”, explica.

A assessoria da universidade também detalha que, no total, há 250 câmeras de monitoramento no local, sendo que 112 foram instaladas nos últimos cinco anos.

“Há, ainda, uma base da Polícia Militar em Uvaranas, que presta apoio na segurança do Campus”, complementa.

Tentativa de estupro dentro da universidade

A tentativa de estupro aconteceu no campus de Uvaranas no início da noite de segunda-feira (6), por volta das 18h30, quando a funcionária voltava para casa.

Conforme boletim de ocorrência e relato da própria vítima, ela foi ameaçada com um canivete e foi estrangulada três vezes com golpes de “mata-leão”.

A vítima conseguiu se salvar com a ajuda de alunos, que acionaram a polícia e ajudaram nas buscas pelo suspeito. A PM fez buscas no local, mas não encontrou o suspeito.

Até a publicação desta reportagem, o homem não havia sido identificado. Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi aberto para investigar o caso e tentar identificá-lo.

Em nota, a universidade disse que está em contato com a PM para acompanhamento do caso e que prestará atendimento jurídico e psicológico à vítima.

“Caso qualquer usuário(a) dos campi da UEPG presencie situações de perigo ou anormalidade, a Vigilância pode ser acionada, por meio do (42) 99912-0004”, complementa o texto.

Canais de atendimento da UEPG

A UEPG detalha os canais de atendimento e projetos próprios que buscam acolher e encaminhar denúncias de assédio e violências na UEPG. Veja abaixo:

  • Núcleo Maria da Penha (Numape): 42 98881-0663;
  • Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Neddij): (42) 3220-3448 e (42) 2102-8942;
  • Canal de Escuta Gênero e Diversidades, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae): 42 3220-3237;
  • Vigilância da UEPG: (42) 99912-0004.

A universidade também lembra que o Hospital Universitário da UEPG é referência na região para atendimento de pessoas vítimas de violência.

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