Caminhão-tanque bate em bitrem após aquaplanar durante ultrapassagem na BR-376, no Paraná

O acidente aconteceu por volta das 18h20 de sábado (18), no km 496 do sentido sul da rodovia.

“Verificou-se que um dos caminhões, modelo tanque, de Campo Largo, realizava ultrapassagem de um caminhão bitrem, quando, durante a manobra, sofreu aquaplanagem, invadindo parcialmente o canteiro central. Ao voltar à pista, colidiu na lateral do bitrem, e com a colisão este caminhão fez um ‘L’ e ficou imobilizado sobre a via, interditando totalmente o fluxo”, relata a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O condutor do caminhão-tanque ficou ferido. Ele tem 49 anos, relatou dores no tórax, foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Unidade Pronto Atendimento (UPA) Santana, de Ponta Grossa.

O outro caminhão é do Mato Grosso do Sul e estava carregado com cerca de 47 toneladas de soja em grãos. O condutor, de 43 anos, não se feriu.

Os dois caminhoneiros testaram negativo no bafômetro.

De acordo com a PRF, a pista ficou totalmente interditada por cerca de 1h30, até a retirada dos caminhões.

Aquaplanagem

Conforme explica a PRF, a aquaplanagem é um fenômeno no qual os pneus dos veículos não conseguem remover a lâmina d’água sob eles e perdem o contato com a pista.

Ela pode ocorrer no momento em que está chovendo, ou logo após, e o condutor perde o controle direcional do veículo, que passa a seguir na direção em que se encontrava quando entrou na aquaplanagem, aponta a PRF.

“Em curva, a aquaplanagem é ainda mais perigosa. Se os pneus perderem a aderência com o piso, o carro sairá da trajetória e seguirá em linha reta, mesmo com o motorista virando o volante”, alerta a corporação.

Condições que aumentam as chances de aquaplanagem

Esse fenômeno é provocado, principalmente, pela pista molhada, mas outras condições podem aumentar as chances desse fenômeno acontecer, lista a PRF. Veja abaixo:

  • Velocidade do veículo acima de 80 km/h. Há menos tempo para que os pneus façam o escoamento da água em suas ranhuras;
  • Qualidade do asfalto. Irregularidades e falhas no escoamento da água contribuem para a formação de poças;
  • Condições dos pneus. Talvez o fator mais determinante, pois pneus muito gastos ou com a calibragem errada facilitam a aquaplanagem.

Orientações da PRF no caso de aquaplanagem

  • Não freie bruscamente. Travar as rodas só aumenta a chance de perder o controle do carro;
  • Tire o pé do acelerador para reduzir a velocidade. Não tente mantê-la constante, pois, dependendo do tipo de aquaplanagem, isso pode piorar a situação;
  • Mantenha o volante em linha reta. Como na aquaplanagem os pneus estão deslizando sobre a água, virar as rodas não vai mudar o curso do carro, que seguirá na mesma direção. Entretanto, quando as rodas voltarem a tocar a pista, podem fazer o motorista perder o controle caso estejam viradas em outra direção.

Como diminuir o risco de aquaplanagem

A PRF também dá dicas que ajudam a prevenir e evitar aquaplanagens. Veja abaixo:

  • Verifique sempre o estado de conservação dos seus pneus. Veja se os sulcos da banda de rodagem (a área do pneu que fica em contato com o solo) estão dentro das especificações de profundidade, que deve ser maior que 1,6 mm. Pneus abaixo dessa marca representam risco não apenas na chuva, mas em qualquer situação de rodagem;
  • Faça a calibragem regular de todos os pneus, seguindo sempre as recomendações do fabricante do carro. Lembre-se também de mudar a calibragem quando for viajar com o carro cheio;
  • Certifique-se de que os quatro pneus são do mesmo tamanho e mesmo desenho. Nunca rode com o estepe por muito tempo, pois eles são feitos para emergências e podem ter largura diferente dos demais;
  • Faça o rodízio regular dos pneus de acordo com as instruções do fabricante. Isso faz com que se desgastem de maneira mais uniforme, aumentando a vida útil e a segurança;
  • Em condições de chuva, reduza sempre a velocidade. O ideal é ficar abaixo de 80 km/h. Ao avistar uma poça de água adiante, freie suavemente antes de atingi-la e nunca freie quando já estiver sobre a poça d’água;
  • Fique atento ao carro da frente. Além de manter uma distância segura, observe se o rastro deixado pelos pneus dele na água são encobertos muito rapidamente. Quando isso acontece, o risco é maior.

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