Ele responde por tentativa de extorsão mediante sequestro.
O crime aconteceu no dia 11 de abril e foi filmado por câmeras de segurança. Em depoimento, David disse que queria apenas conversar com a mulher. “Eu ia conversar com ela apenas. É que ela correu e gritou ‘polícia!’ e eu me assustei só”, afirmou. Assista acima.
David está preso na Cadeia Pública de Ponta Grossa desde o dia do crime. A vítima o identificou como o gerente comercial de uma seguradora que atende a rede de postos de combustíveis do pai dela. A RPC apurou que ele é o dono da empresa.
Em depoimento, ele alegou que queria conversar com a mulher e com o pai dela sobre alternativas para uma dívida de R$ 3 milhões que possui com um criminosos.
David afirmou que intermediou a venda de dois caminhões para clientes que não pagaram pelos veículos e vem sendo ameaçado pelo vendedor, que faz parte de uma organização criminosa. Ele também alegou não saber quem são os criminosos porque a cobrança foi terceirizada.
Investigação
No carro locado usado por ele, a polícia afirma que encontrou itens como abraçadeiras, fita adesiva cortada, um conjunto de roupa feminina e dinheiro em espécie – o que, para a equipe de investigação, confirma a intenção do sequestro.
Imagens de câmeras de segurança mostram que a médica de 31 anos foi abordada pelo homem após sair do consultório onde trabalha. Ela corre e entra dentro de uma loja, onde leva um golpe de mata-leão e é agredida com a máquina de choque, conforme relatou à polícia.
Após a mulher conseguir se desvencilhar, o suspeito corre para a rua e é contido por comerciantes e um policial de folga até a chegada da polícia, segundo a investigação Relembre mais abaixo.
A defesa de David da Silva Thimoteo afirma que o réu é inocente e reforça que ele só queria conversar com a médica.
“Não houve qualquer tipo de ameaça verbal ou qualquer ação de restrição do réu pra com a vítima, que ela precisasse ter corrido e pedido socorro. Pelo contrário: diferente do que está na denúncia, a população não precisou correr atrás do réu pra contê-lo até a chegada da polícia, o próprio réu correu atrás da vítima no intuito de segurá-la e explicar que ele não tava ali pra causar nenhum tipo de mal”, afirma a defesa do empresário.
Os advogados também explicam que assumiram o caso recentemente e vão “providenciar as provas necessárias pra demonstrar que não se trata de nenhum desconhecido e que ele não estava ali pra causar qualquer tipo de mal, não cometeu nenhum ilícito”.
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O caso aconteceu no dia 11 de abril.
Imagens de câmeras de segurança mostram que David estacionou o carro locado em frente à clínica da vítima às 12h40.
Às 14h22, ela sai do trabalho e o carro a acompanha até ela se aproximar do próprio veículo. Neste momento, o suspeito desce do carro dele e começa a correr atrás da médica. Depois de cerca de 100 metros de perseguição, a vítima entra em uma loja de roupas e o suspeito também.
“Nisso, ele já conseguiu me pegar. E, aí, ele me pegou pelo pescoço, me dando um mata-leão, e com a máquina de choque aqui do meu lado [aponta para as costas]. E, aí, a população ‘chegaram’ até ali na frente da loja porque eu ‘tava’ gritando… Aí, nisso, ele começou meio que tentar me fazer de refém ali na situação, ‘né’, pros homens não entrarem, e começou a me dar choque aqui nas costas, no pescoço”, relatou a mulher, em depoimento.
Ela também contou que, após se debater, conseguiu se desvencilhar e, neste momento, ele fugiu da loja e foi contido por populares.
“Ele retirou as placas do veículo, que era um veículo locado, e dentro do veículo deixou já preparadas essas presilhas em cima do banco traseiro e do chão, o que levou a crer que ele poderia algemar e mobilizar as mãos e as pernas da vítima”, disse um policial militar à RPC.
Mulher é vítima de tentativa de sequestro em Ponta Grossa — Foto: Reprodução/RPC