Estudo aponta que 300 mil animais são atropelados por ano em rodovias do Paraná; veja cuidados ao encontrar animais soltos na pista

Legislação estabelece que responsabilidade civil em caso de acidente causado por animal é do proprietário do bicho.


PRF alerta para cuidados com animais soltos na pista

PRF alerta para cuidados com animais soltos na pista

Todos os anos, cerca de 300 mil animais são atropelados no Paraná, segundo projeção do sistema Urubu, desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE).

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem alertado os motoristas sobre como reagir em casos de animais soltos na pista. O alerta faz parte das ações relacionadas à Semana Nacional de Trânsito, que acontece de 18 e 25 de setembro.

Cerca de 90% dos animais vítimas de atropelamento no estado são de pequeno porte, como rãs, sapos, cobras, aves e pequenos roedores.

Na sequência, aparecem os animais de médio porte, como macacos e cães, representando 9% dos atropelamentos. Apenas 1% são animais de grande porte, como cavalos, capivaras, preguiças e bovinos, aponta o estudo.

A legislação estabelece que a responsabilidade civil em caso de acidente causado por animal é do proprietário do bicho. O descuido, além dos riscos à segurança, também pode gerar prejuízo financeiro.

“Nós temos registrado aqui na região noroeste do estado vários acidentes envolvendo animais na pista. Então é uma preocupação muito grande que os proprietários [dos animais], mantenha-os dentro de sua propriedade”, disse o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na região de Maringá, no norte do Paraná, Pedro Faria.

O que fazer?

Confira algumas orientações do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) sobre o que fazer em casos de animais soltos na rodovia:

  • Respeitar o limite de velocidade é uma das atitudes fundamentais para evitar acidentes, já que, assim, será possível reagir a tempo frente à presença de qualquer animal ou de outro perigo na pista. Se estiver em velocidade acelerada é possível que o condutor do veículo não tenha tempo adequado para qualquer reação;
  • Ao avistar um animal na pista, mantenha a calma, reduza a velocidade e jamais acione a buzina porque o som pode assustá-lo e ele pode partir para cima do seu carro;
  • Do mesmo modo que não deve acionar a buzina, ao avistar o animal o condutor não deve também ligar o farol alto. Isso pode assustar o animal e a reação dele ser inesperada, já que, mesmo que não avance de forma violenta em direção ao seu veículo, ele pode ficar paralisado e, em função disso, provocar congestionamento na via;
  • Se a decisão for a de ultrapassar o animal, faça o contorno por trás. Isso ajuda a reduzir a velocidade de reação do animal. É importante, também, lembrar que bois e vacas não recuam, de forma diferente dos cavalos que podem reagir de forma inesperada;
  • No caso de o encontro ser com uma boiada ou outro tipo de animais que estejam em grupo, trafegue em primeira marcha e não buzine. Manter fechados os vidros do veículo é importante para sua segurança;
  • Quando se deparam com animais de pequeno porte, como, por exemplo, cachorros, os condutores têm a tendência de frear ou de desviar de forma brusca. Antes de tomar esta atitude, porém, é indispensável conferir pelo retrovisor se algum veículo vem atrás, já que um movimento inesperado da parte do condutor pode resultar em acidente até mesmo de graves proporções;
  • Após ter passado pelo animal, pisque os faróis do carro para os veículos que trafegam na direção oposta à sua e faça um sinal com a mão para baixo mostrando quatro dedos. Isso quer dizer na linguagem da estrada que tem animais na pista.

Estima-se que, todos os anos, cerca de 300 mil animais são atropelados no Paraná — Foto: Reprodução/RPC

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