De acordo com o MP, dez dias antes de assassinar Oziel, o homem matou a própria companheira com um golpe de faca no pescoço. A denúncia considerou o homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Vagner também foi denunciado pela morte de um homem em situação de rua. Segundo o MP, o crime aconteceu no mesmo dia em que matou Oziel.
Segundo a denúncia, ele e o sobrinho de 17 anos esfaquearam a vítima, que teria se revoltado com o feminicídio praticado dias antes. Nesta denúncia, a promotoria considerou homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa do ofendido.
Além disso, como o sobrinho adolescente foi coautor do crime, Vagner foi denunciado também por corrupção de menor.
Suspeito está preso
Homem é morto dentro de ônibus em Curitiba após defender casal vítima de homofobia
Dias depois, a prisão de Vagner foi convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
Na decisão, Fernanda Orsomarzo, juíza responsável pelo caso, considerou a longa ficha criminal do suspeito.
O g1 teve acesso ao relatório de processos de Vagner na Justiça Criminal que faz parte das investigações.
O documento revela que o homem já tinha diversas passagens pela polícia por crimes como roubo, organização criminosa e identidade falsa. Além disso, ele já tinha sido condenado por homicídio.
De acordo com a Polícia Militar, Vagner estava usando uma tornozeleira eletrônica quando foi preso no domingo à noite.
Oziel Branques dos Santos foi assassinado a facadas após defender casal vítima de homofobia — Foto: Reprodução/Grupo Dignidade