A Interpol, organização de cooperação policial internacional, incluiu oficialmente nesta quarta-feira (22) o nome do influencer paranaense Eduardo Felipe Campelo na lista de procurados. A medida permite que ele seja preso por qualquer agente estrangeiro, em qualquer lugar do mundo.
Há um mandado de prisão expedido contra o influencer suspeito de lesar vítimas por meio do “Jogo do Tigrinho”, um cassino online ilegal no Brasil. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), ele movimentou cerca de R$ 8,5 milhões com a plataforma.
A polícia afirma que Campelo continua promovendo o jogo de azar, descumprindo ordem judicial que o proíbe de incentivar o uso da plataforma.
Paranaense Eduardo Felipe Campelo é procurado pela Interpol — Foto: Divulgação
Assim que for preso, Campelo vai ser extraditado para o Brasil onde deve responder pelos seguintes crimes: associação criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, exploração de jogo de azar e exploração de loteria não autorizada.
Conforme o delegado Tiago Dantas, responsável pelas investigações, o influencer mostra um total desprezo em relação à polícia e à Justiça.
A defesa de Campelo disse que ele tem passagem de volta ao Brasil e que vai ser apresentar à Justiça. Ainda segundo os advogados, as imputações contra o cliente são falsas e ele será absolvido.
Luxo e ostentação
Paranaense suspeito de movimentar milhões com Jogo do Tigrinho ostenta vida de luxo
Campelo é natural de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), segundo a polícia. Ele embarcou para Dubai no início de abril e nas redes sociais compartilha a rotina de ostentação. Veja vídeo acima.
As postagens mostram que o roteiro do paranaense na cidade incluiu visita ao maior prédio do mundo, o Burj Khalifa, passeios com carros de luxo alugados e pelo deserto, e até foto com dromedários.
O que é o ‘Jogo do Tigrinho’
De acordo com a Polícia Civil, o ‘Jogo do Tigrinho’ funciona como um caça-níquel online. A pessoa baixa o aplicativo, faz um cadastro e inicia as apostas.
Quanto maior o número de cadastrados, mais dinheiro os suspeitos ganhavam. Para atrair mais jogadores, eles postavam vídeos em que ganhavam uma aposta atrás da outra. Mas a polícia disse que tudo não passa de encenação.