Ilson Bueno de Souza Júnior foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio simples privilegiado. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele atirou nas vítimas.
André Bueno de Souza, irmão de Ilson, foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe. Ele também foi acusado de atirar nas vítimas.
Bruno Ramos Caetano, acusado de ser o mandante do crime, foi absolvido. Ele respondia por homicídio qualificado por motivo torpe.
O crime foi em junho de 2020. Na ocasião, o advogado Igor Kaluff, de 40 anos, e o amigo que o acompanhava, o motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos na loja de conveniências do posto durante a cobrança de uma dívida por esmeraldas. Câmeras de segurança registraram o crime. Assista ao vídeo acima.
O que dizem as defesas
O advogado Nilton Ribeiro, responsável pela defesa dos irmãos Bueno de Souza, afirmou que alcançou o objetivo em relação a Ilson por conseguir o reconhecimento de que o réu agiu sob o domínio de violenta emoção, o que reduziu a pena total.
Por conta do tempo de pena já cumprido, a defesa espera que o alvará de soltura de Ilson seja expedido nos próximos dias. Em relação à condenação de André, o advogado afirmou que pretende recorrer.
O advogado Cláudio Dalledone, que fez a defesa de Bruno Ramos Caetano, disse que está satisfeito com a absolvição do cliente.
“Ele não mandou, não emprestou auxílio, não coadjuvou absolutamente nada que pudesse resultar na morte daquelas duas pessoas”, afirmou.
Crime foi motivado por dívida de pedras preciosas
Duas pessoas morreram após serem baleadas, no Centro de Curitiba — Foto: Carolina Wolf/RPC
As investigações apontaram que um ourives repassou as pedras para o empresário Bruno Ramos Caetano e precisava cobrar o valor para pagar um fornecedor de São Paulo.
Segundo a polícia, Bruno foi ao local acompanhado por outros três homens armados. Após uma discussão, Igor e Henrique foram mortos à queima roupa.