Ela foi presa em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, após 17 anos foragida. O crime foi em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
De acordo com denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Andréa foi morta por asfixia após um almoço com a mãe e o padrasto, Everson Luís Cilian, de 54 anos, que também está preso. Entenda o caso abaixo.
A prisão aconteceu no último sábado (11), dois dias depois do programa Linha Direta, da TV Globo, contar o caso e incentivar denúncias contra ela. A história pode ser conferida no Globoplay.
A decisão de manter Tânia presa foi dada pela juíza Paula Priscila Candeo durante audiência de custódia.
“A denunciada (Tânia) permaneceu foragida por mais de 17 anos, revelando que não pretende prestar contas de seus atos à sociedade, sendo presa apenas diante da repercussão do caso que foi recentemente transmitido em rede nacional de televisão, sendo comprovado que, além de foragida, fazia uso de nome fictício, na intenção de furtar-se da responsabilidade criminal, afigurando-se imperiosa a manutenção de sua prisão não apenas para assegurar a instrução criminal, mas também garantir a aplicação da pena”, escreveu a juíza.
A acusada está presa na cadeia pública feminina de Londrina.
Andréa Rosa de Lorena foi morta em fevereiro de 2007 em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba — Foto: Arquivo da família
Defesa se manifesta
A defesa de Tânia foi constituída nesta segunda no processo criminal, e, em nota, afirmou que ela é inocente.
“Tânia é inocente, o tempo e o processo irão revelar a verdade dos fatos, trabalharemos norteados por essa máxima. Nosso foco é ofertar uma defesa técnica e justa para o caso que possui muitos detalhes e problemas inexplorados. Acreditamos que a justiça será feita independente da tamanha comoção. Há muito o que mostrar dentro da situação”, disseram os advogados Marcos Pavinato, Peter Kelter e Marcelo Jacomossi.
O caso
Andréa de Lorena foi morta em 12 de fevereiro de 2007. Ela deixou dois filhos: um menino e uma menina.
Conforme a denúncia, após um almoço de família na casa da vítima, os acusados usaram um fio elétrico para enforcar Andréa até ela parar de respirar.
Depois, colocaram o corpo dela embaixo da cama, que só foi localizado dois dias após a morte.
Segundo o MP apurou, antes do crime, Tânia e Everson pediam a guarda da criança na Justiça depois de terem passado um tempo cuidando do menino enquanto a mãe se recuperava de um acidente de motocicleta.
No processo que investigou o caso, a Justiça considerou declarações de testemunhas que acompanhavam a disputa de Tânia pela guarda do filho de Andréa.
Um dos depoimentos no processo é o da pai da vítima, ex-marido de Tânia. Ele relatou que soube de ameaças da ex-esposa à filha.
Relatou, também, que quando Tânia cuidava da criança, Andréa e o então marido, Juliano Saldanha, precisaram pegar a criança à força.
O homem, apesar de não ser pai biológico do menino, ajudou a esposa a reaver o filho, de acordo com o processo.