Oziel Branques dos Santos foi morto a facadas dentro da linha Santa Cândida/Capão Raso. Segundo denúncia, Vagner do Prado segurou a vítima para que sobrinho, de 17 anos, a esfaqueasse. g1 tenta identificar defesa do denunciado.
Homem é morto dentro de ônibus em Curitiba após defender casal vítima de homofobia
O Ministério Público do Paraná denunciou nesta quarta-feira (26) Vagner do Prado, de 41 anos, pelo assassinato de Oziel Branques dos Santos, dentro de um ônibus em Curitiba.
A denúncia considerou os crimes de homicídio qualificado, corrupção de menor e transfobia. Entre as qualificadoras indicadas estão: motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O g1 tenta identificar a defesa de Vagner do Prado.
Conforme a promotora de justiça Ticiane Louise Santa Pereira, as agressões transfóbicas de Vagner tinham como objetivo ofender a dignidade do casal e culminaram no assassinato de Oziel.
“As ações do denunciado foram dirigidas a esse contexto ofensivo, progressivo, agressivo, e que culminou com a morte de uma pessoa que apenas se projetava para defender o exercício de liberdades individuais de duas pessoas que estavam sentadas pacificamente dentro de um transporte coletivo”, afirma Pereira.
Oziel Branques dos Santos foi assassinado a facadas após defender casal vítima de homofobia — Foto: Reprodução/Grupo Dignidade
Suspeito está preso e é investigado por outros dois assassinatos
Conforme o MP, o denunciado está preso e o adolescente detido.
Depois do crime, os suspeitos tentaram fugir, mas foram localizados pela polícia pouco depois. Com o adolescente foi encontrada uma faca com 20 centímetros de lâmina. O objeto estava sujo de sangue.
A Justiça converteu a prisão de Vagner do Prado em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
Vagner do Prado é suspeito de três assassinatos em dez dias — Foto: PCPR
As investigações apontam que no domingo (16), mesmo dia em que matou Oziel, o suspeito teria assassinado um rapaz no centro da capital paranaense.
Vagner do Prado também é suspeito de esfaquear, dez dias antes, a própria companheira, que morreu.