Reconstrução de parte da Ceasa de Curitiba destruída por incêndio deve levar meses; fogo queimou toneladas de alimentos

Ele disse aguardar relatório de perícia feita no local para fazer a contratação emergencial do projeto e obras necessários. O objetivo é tudo ser concluído “no máximo até dezembro”.

As chamas queimaram toneladas de alimentos das vinte empresas afetadas pelo incêndio. Veja no vídeo acima.

Nesta sexta-feira (7), a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar as causas do incêndio registrado em um dos oito pavilhões da Ceasa. A Coordenadoria de Segurança e Edificações de Imóveis da prefeitura vistoriou o local, interditou o pavilhão atingido e recomentou adaptações estruturais.

O sábado (8) foi de trabalho na central, com a retirada dos entulhos dos boxes – 40 foram destruídos pelas chamas. O combate ao fogo pelos bombeiros levou cerca de cinco horas. Dois dias depois o local ainda exala um forte cheiro de fumaça.

Os boxes atingidos abrigavam estoques de produtos, câmaras frias, além de escritórios dos permissionários, com computadores e documentos, por exemplo.

Retirada de entulhos dos boxes destruídos pelo fogo na Ceasa de Curitiba — Foto: Gil Bermudes/RPC Curitiba

O tamanho do prejuízo

O incêndio de grandes proporções não alterou a rotina da Ceasa. Com a ajuda emergencial, os permissionários foram realocados para outros espaços.

O permissionário Marcelo Stocco, conhecido como “Rei do Abacaxi”, perdeu três mil caixas de frutas. Recentemente ele estava orgulhoso da reforma recém concluída no box para melhor receber os clientes e expor as frutas. Agora, tudo ficou queimado.

Temporariamente, a empresa dele ocupa um dos boxes cedidos e mantém os 38 empregados. O recomeço não será facil. Mas ele não desanima:

“A gente está aqui, estamos com força, o Ceasa apoiando muito a gente, estamos já com uma nova estrutura que eles concederam para nós… Cabeça erguida e vamos para frente!”

‘Rei do abacaxi’ perdeu milhares de caixas da fruta queimadas pelo fogo — Foto: Gil Bermudes/RPC Curitiba

Gilberto José Menegon também teve os boxes atingidos e calcula que o prejuízo supera R$ 1,5 milhão.

“Eu trabalhava de empregado, com 22 anos eu consegui comprar um box e, em 21 anos, eu cresci e estava com três boxes. Eles falaram que em seis meses eles entregam para a gente de novo e aí a gente faz a estrutura de novo, se Deus quiser… Bola para frente!”

Após incêndio, manhã de sábado foi de muito trabalho na Ceasa

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